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Sonho brasiliense

Haitiano tenta carreira musical na capital federal
Rapper haitiano FreeThony, posa frente ao Congresso Nacional

Na manhã do dia 22 de agosto de 2015, nossa equipe foi até Planaltina do Goiás conhecer o rapper haitiano Jean Thony Lucier (29), mais conhecido como FreeThony. Após a tentativa frustrada de viver um sonho americano, quando foi deportado, e a tragédia do terremoto em seu país, ele embarcou para o Brasil em 2012 para reescrever a própria história. Freethony foi o primeiro entrevistado na matéria “Haitianos Recomeçam no Distrito Federal”, produzida para o Jornal Esquina. Ele se destacou entre os entrevistados por não se sentir acanhado em frente às câmeras com uma simpatia que encantou todos os repórteres presentes.

A convite da nossa equipe, FreeThony aceitou conversar com a gente e nos contar a experiência dele. Nascido em Porto Príncipe, capital do Haiti, ele sempre sonhou em trabalhar com música e, aos 12 anos, começou a compor as próprias canções. O rapper chegou a ingressar no ensino superior. Ele cursou Comunicação Social com a intenção de se qualificar em produções musicais e poder ter a chance de também dirigir outros músicos. Entretanto, teve que interromper a graduação por causa do terremoto que atingiu a cidade natal em janeiro de 2010.

Inspirado pela cultura americana, o rapper inicialmente tentou viver nos Estados Unidos, mas foi deportado para o país de origem. Após o terremoto em Porto Príncipe, a situação ficou difícil para todos. Com isso, FreeThony embarcou para uma nova jornada. Depois de conversar com soldados brasileiros em missão no Haiti, ele descobriu que, no Brasil, poderia haver mais chances para realização do sonho de se profissionalizar como rapper.

Três anos após desembarcar na capital federal, FreeThony tem uma vida tranquila no DF. Ele mora na região administrativa do Varjão com outro amigo haitiano, e trabalha como assistente de escritório no Ministério do Trabalho. Nas horas vagas, dá aulas particulares de francês e inglês. Há seis meses, iniciou profissionalmente a carreira como rapper, e está gravando o primeiro CD em um estúdio que lança artistas independentes no Distrito Federal e entorno, em Planaltina do Goiás.
Entrevista completa abaixo.



FreeThony produziu o seu primeiro videoclipe em fevereiro deste ano com participação do rapper brasiliense, e também seu produtor musical, Lerym. O rapper haitiano utiliza alguns pontos conhecidos do DF, catedral e Conic, como plano de fundo para compor a história da música de teor gospel.




Leia Mais


Matéria Completa
http://issuu.com/blogdoesquina/docs/haitianos-recome__am-no-distrito-fe

Por Maria Clara Monteiro

Prostituição na Toca

Conheça a história do problemático bar em Samambaia: 


A reportagem do Jornal Esquina investigou o polêmico Toca das Gatas, bar em Samambaia, alvo de denúncias não comprovadas de atividades ilegais, para saber como funciona o local.

O Toca não tem fachada e muito menos identificação. Ele é um buraco negro em uma parede comercial. Mesmo assim, é conhecido na vizinhança. Próximo a algumas residências e duas igrejas cristãs, ele é famoso por abrigar um ponto de prostituição.

Crédito: Google Maps



Logo em frente à entrada, Patrícia* recebe os clientes com um sorriso no rosto. Assim que consegue sentar à mesa com algum cliente, começa a oferecer as bebidas da casa para deixar o ambiente mais agradável. 

Patrícia: E então, vamos fazer um programa?
Cliente: Quanto custa?
Patrícia: R$ 150.
Cliente: Eu não tenho esse dinheiro.
Patrícia: Posso fazer por R$ 115.
Cliente: Eu não tenho esse dinheiro aqui.

Então, Patrícia propõe mais uma opção: o bar recebe o pagamento do cliente em cartão e depois repassa a quantia em dinheiro para ela. De acordo com o professor de direito penal, Marlon Barreto, o uso do caixa do bar como meio de remuneração do programa pode ser considerado como exploração da prostituição. Essa prática é criminosa, de acordo com o artigo 228° do Código Penal Brasileiro: “Caracteriza que o bar agencia ou atrai clientes em razão do serviço dela”, conta o professor.

A 30km do Plano Piloto, o prostíbulo funciona a todo vapor. Dentro da Toca tudo se esconde. Mulheres são iscas para ativar o comércio do bar. Como em vitrines, os corpos são expostos como produtos, amostras para atrair os clientes. O preço não é pago apenas em real.

*Patrícia é um nome fictício criado para preservar a identidade da personagem.
Leia mais sobre o assunto:
Veja matéria completa.

http://issuu.com/blogdoesquina/docs/por_dentro_do_toca_das_gatas_-_debo

Por Deborah Fortuna e Vinícius Brandão

Parto humanizado


No início do segundo semestre de 2015, eu, Daniella Bazzi, tinha que produzir uma reportagem para o jornal impresso Esquina. Após desenvolver o texto sobre parto humanizado, minha colega Elisa Diniz se juntou a mim para produzir um material complementar para a versão online, que publicamos aqui.  Elisa cursa somente a disciplina Jornalismo Online e, por isso, não fez a apuração do texto. Apenas desenvolveu parte deste post com base na minha matéria, na sua própria experiência e em algumas pesquisas que ela fez. 
Abaixo, você encontrará os nossos pontos de vista sobre o assunto, e um resumo do que foi publicado no jornal impresso Esquina.

Humanização do nascimento

Por Daniella Bazzi
Quando a Organização Mundial da Saúde divulgou, no primeiro semestre de 2015, que o Brasil ocupava primeira posição em números de cesáreas no mundo, veio o questionamento: e qual é o problema? Diversas foram as reportagens publicadas com a afirmação de que o país vivia uma “epidemia” de cesárea, e que o parto deveria ser mais humanizado. E afinal, o que é a humanização do nascimento? Cesárea e humanização não convivem? Logo, comecei minhas pesquisas.

Conheci Nahari Terena, de 23 anos, que teve o parto totalmente natural na Casa de Parto São Sebastião, com a mínima intervenção possível. Nahari relembrou do mês de março de 2014: “Ela nasceu e já veio para o meu colo. Quando olhei para ela, pensei ‘Eu consegui! Ela é linda, minha filha’”.


“Quando vi Olga nascendo, foi emocionante. Aquela noção apenas abstrata passou a ser real”, contou Luís Miranda, pai da Olga, de 33 anos. Ele cortou o cordão umbilical e, em pouco tempo, pôde pegar a filha nos braços. Luís acredita que a gestante deve estar sempre acompanhada por alguém de confiança. “Hoje, as pessoas tendem a terceirizar as coisas, evitam ter envolvimento. O parto, com certeza, não deveria ser terceirizado”, afirmou.
Doular
Ao comentar com conhecidos minha pauta, sempre falavam que eu deveria entrevistar uma doula. A falta de conhecimento me deixou ainda mais curiosa: o que é uma doula? Jaíne Lellis, de 22 anos, definiu o parto humanizado como um “suporte para as escolhas da mulher. Assegurar que suas vontades sejam respeitadas”. Ela concluiu o curso de doula em março de 2015.


Logo, fiz a pergunta que mais me instigava: a cesárea é ou não um procedimento humanizado? “A cesárea pode sim ter traços de humanização. Evitar medicação, procedimentos rotineiros desnecessários, abaixar a tela para que a mãe possa ver o nascimento são alguns exemplos”, falou.

 
Dica da entrevistada:
Blog: Adele doula

E o que a Secretaria de Saúde diz?
 A coordenadora de Ginecologia Obstétrica da Secretaria de Saúde, Marta Teixeira, explicou que o parto humanizado não é uma modalidade. “A questão da humanização do parto é colocar a gestante junto ao acompanhante, evitar o uso de medicamentos, entre outras ações. Não é uma classificação à parte”, afirmou.
Três vezes mãe
Débora Benon, 27 anos, tem três filhos, e cada gestação resultou em uma história e trouxe mais conhecimento. O marido, Eduardo Benon, contou que sempre acompanhou a esposa. Ele disse que em cada parto o sentimento é diferente, mas sempre solidário. “É um momento surreal”, completou Eduardo antes de ser interrompido por Débora: “é maravilhoso!”.

Dica da entrevistada:
Documentário: Renascimento do parto
Ano: 2013
Direção: Eduardo Chauvet

Débora acredita que, para a escolha do parto, a mulher tem de pensar além do próprio bem-estar, pensar no bebê. Ao ser questionada sobre o que a humanização significa para ela, disse segura:

“Humanizar é, acima de tudo, aceitar a escolha da gestante”.



E depois de um mês apurando o assunto, acredito que definição mais clara não há.
Para saber mais sobre a Lei do Acompanhante, conhecer mais a história de quem vivenciou e presenciou o parto, confira a matéria na integra, que se encontra no fim do post.





 

 

 

Cesárea ou parto normal humanizado: qual é a sua escolha?

Por Elisa Diniz

Vi todos os meus seis sobrinhos nascerem por cesariana. Uma realidade totalmente compatível com os números da Organização Mundial da Saúde (veja Declaração da OMS sobre Taxas de Cesáreas), apresentados no início deste ano, que colocam o Brasil no primeiro lugar em procedimentos do tipo. Na contramão dessa tendência, há cinco anos, quando foi a minha vez de dar à luz uma menina, minha meta era que ela nascesse de parto normal, em uma maternidade comum. Durante a gestação, frequentei grupos e ouvi palestras de diversos profissionais da área, e me convenci de que era a melhor opção para mãe e bebê. Naquela altura, parto humanizado para mim era algo arriscado, praticamente uma loucura. Nos grupos dos quais participei, sempre havia relatos de alguém que tentou fazer o parto em casa, com doula, e teve alguma complicação. Em alguns casos, o bebê teria morrido a caminho do hospital, em busca de assistência especializada. Uma alternativa que eu não conseguia sequer conceber. 


Ao ver que falaria sobre parto humanizado neste post, minha primeira reação foi: será a minha chance de alertar algumas mães sobre os riscos da prática! Mas já na pesquisa inicial, vi que estava completamente enganada. De acordo com a Rede pela Humanização do Parto e Nascimento (ReHuNa), organização da sociedade civil que atua desde 1993, o movimento pela humanização do parto/nascimento busca “diminuir as intervenções desnecessárias e promover um cuidado ao processo de gravidez/parto/nascimento/amamentação baseado na compreensão do processo natural e fisiológico”. Para o governo federal, essa humanização passa por iniciativas previstas  na Estratégia Rede Cegonha como formação e capacitação de enfermeiras obstétricas, distribuição da Caderneta da Gestante que esclarece sobre as vantagens do parto normal e oferecer à mãe o conforto de um acompanhante em quem confie (veja lei do acompanhante).

Números brasileiros
Infelizmente, a realização de parto normal ainda não é a prática mais utilizada no Brasil. Dados do Ministério da Saúde mostram que dos 2.905.789 partos realizados no País, em 2012, 55,6% foram cesarianos. O número equivale a 40% dos partos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e 84,6% dos partos realizados pela saúde suplementar.

Apesar da minha meta inicial, também acabei reforçando a estatística brasileira. Depois de mais de 24 horas de trabalho de parto que não evoluía da forma necessária, cansada das dores das constantes contrações e no segundo dia sem dormir bem, finalmente entreguei os pontos. Liguei para a minha médica às duas horas da manhã e nos encontramos no hospital. Ela teve o cuidado de fazer um exame de toque e, ciente da minha intenção, ainda me perguntou se eu queria seguir com o plano inicial. Ela, no entanto, foi clara: "Você ainda não tem dilatação suficiente e as contrações ainda não atingiram a frequência e a cadência necessárias. Será um processo bem longo ainda, mas podemos tentar se você quiser". Ao ouvir essas palavras, desisti do projeto e decidi pela cesárea. Ao final da cirurgia, minha ginecologista me tranquilizou, dizendo que foi uma boa decisão, pois o ambiente dentro do útero estava começando a ficar inadequado para o bebê, e esperar muito poderia significar colocá-lo em sofrimento. 


Uma decisão pessoal

Muitos podem ser os motivos para a gestante optar por uma cesárea. Essa é certamente uma decisão muito pessoal. O sentimento de dor é algo bastante subjetivo, e o limite para lidar com ela é muito individual. Também as consequências da escolha feita, seja ela qual for, devem estar muitas claras para as mães. Tenho amigas que tiveram problemas, por exemplo, no trato urinário em função de uma exigência forçada para um parto normal. O trabalho de parto tão longo e as consequências deixadas, geraram ainda um trauma que as fizeram parar no primeiro filho.

De qualquer forma, uma coisa é inquestionável: ter ferramentas e informações acessíveis é certamente um passo essencial para que a escolha seja feita de forma segura e consciente. Portanto, se assim como eu você não sabe exatamente o que é parto humanizado, leia a íntegra da reportagem produzida pela Daniella Bazzi para a versão impressa do Jornal Esquina, e conheça a experiência de mulheres que decidiram por essa opção. 

Durante a minha pesquisa para escrever este post, também encontrei depoimentos interessantes na internet, como esse vídeo sobre o Parto normal humanizado da Heloisa. Também conheci um pouquinho mais sobre a Marcha pela humanização do parto - um movimento que teve início em 2012, e que promove esse tipo de parto. Na página deles no Facebook tem um infográfico bem bacana sobre o tema.  E se você está pensando em engravidar, o infográfico  Gravidez: da concepção ao nascimento do bebê da revista Crescer é bastante didático.

Boa leitura!

Confira a matéria na íntegra:
http://issuu.com/blogdoesquina/docs/parto-como-elas-bem-entendem-dani-b

http://issuu.com/blogdoesquina/docs/parto_humanizado

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Depressão - A doença invisível

Denominado como o “Mal do Século XXI”, transtorno atinge 17 milhões de Brasileiros 

A depressão é um assunto delicado para ser abordado. Ainda encarado como um tabu mesmo com tantas discussões, buscamos desmistificar o tema e mostrar todas as formas possíveis de ajuda e como a família é fundamental no processo de acompanhamento e estabilização do problema. A matéria foi escrita para o Jornal Esquina.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a depressão a doença mais incapacitante do mundo. Mais de 400 milhões de pessoas sofrem com o transtorno todos os anos. No Brasil, estima-se que esse número seja de 17 milhões, 8,5% da população. A Associação Brasileira de Psicanálise informou que, no início da década, 10% dos adolescentes brasileiros eram diagnosticados.
Ainda se discute o que leva um indivíduo a ter depressão. Mesmo com explicações bioquímicas e sociológicas, não há uma resposta definitiva. A doença não possui sinais, e sim, sintomas; na juventude, devido às fortes transformações biológicas e sociais, isso se torna ainda mais difícil.

Conversamos com o médico e psicólogo Carlos Augusto Correa para entender um pouco melhor do assunto: “É preciso observar que as mudanças biológicas vão muito além dos hormônios, pois possuem um cérebro em transformação, que se desenvolverá até a idade adulta”, aconselha o psicólogo da rede pública do DF.
Ele afirma que, mesmo que alguém não perceba os sintomas dessa doença silenciosa, poderá sofrer em algum momento, a ponto de ficar incapacitado: “Vai chegar um momento que vai atrapalhar tanto a vida dela, que ela vai precisar de ajuda, porque aquilo vai travando, então dificilmente uma pessoa com depressão consegue viver constantemente de um jeito”, destaca.
Confira no vídeo abaixo a entrevista com o psicólogo Carlos Augusto Correa. 


A doença, durante muito tempo, era taxada como “frescura”, inclusive por muitos pais, que confundiam a tristeza com má vontade, porém a família é fundamental para o tratamento.
Adolescentro é uma unidade pública especializada nos cuidados da saúde dos adolescentes e suas famílias do DF, onde se tratam problemas como depressão e vícios. O centro proporciona acompanhamento médico e disponibiliza medicamentos na farmácia dentro da unidade de forma gratuita. Segundo informações da administração da unidade localizada na 604 Sul, 90% dos jovens chegam por meio dos parentes, recomendados pelas escolas ou outros centros clínicos. Em pouquíssimas ocasiões, o filho procura ajuda por conta própria.
            Há, também, os Centros de Atendimentos Psiquiátricos (CAP), criados nos anos 80 a partir de uma iniciativa de pessoas com transtornos mentais. No começo, o paciente recebe um atendimento individual e depois é inserido no grupo. O método é como um fator microssocial, em que a pessoa vai conseguindo aplicar ao cotidiano o que ela vive dentro do grupo. O CAPs foca a recuperação do paciente no lado psicossocial, então promove atividades que ajudam na adaptação, como, por exemplo, oficinas de culinária, de artes, de músicas, de esportes, além de ações externas, como um passeio.

Outra opção para o paciente depressivo é Centro de Valorização da Vida, CVV que tem escritórios em todos os estados brasileiros. O auxílio se dá através de chats, e-mail e até mesmo telefone, onde voluntários preparados se dispõem a conversar e ouvir o que o indivíduo tem a dizer, sempre tentando auxiliar de alguma forma. Qualquer pessoa acima de 18 anos pode trabalhar no Centro, porém deve passar por um treinamento que acontece aos sábados.

Caps de transtornos mentais em Taguatinga

Considerações

O fato de atingir boa parte da população mundial é preocupante; entretanto, esse número pode ser diminuído. De acordo com muitos médicos, o tratamento e o uso adequado de medicamentos são as melhores formas de lidar com o transtorno. No Brasil, existem campos voltados para o problema, como o Sistema Único de Saúde (SUS), que possui uma área baseada em atendimento psicológico e psiquiátrico. Os centros especializados de apoio ao adolescente (como os citados na matéria) dispõem de tratamentos neurológicos e assistência gratuita; as clínicas e os postos de saúde contribuem com a orientação adequada nos casos.
            A compreensão e a benevolência são, quem sabe, as principais formas de ajudar alguém com o transtorno. Claro que o paciente não gosta de estar na situação que está, então é muito importante o apoio de todos os próximos.
http://issuu.com/blogdoesquina/docs/depressao_ado

Por Adriano Nunes e Felipe Rocha


Viajantes modernos

Experiências inesquecíveis, paisagens exuberantes, muitas dificuldades, pouco dinheiro e nenhum arrependimento.  Os viajantes que fomos conhecendo durante o processo de apuração, tinham histórias de vidas distintas e estavam espalhados pelo mundo, mas todos passavam a mesma sensação, de que essa tinha sido a melhor decisão de suas vidas. 

A busca por estabilidade financeira e de bens materiais se transformou em uma jornada que não se pode contabilizar em dinheiro, mas em aprendizado e autoconhecimento.  O casal brasileiro, Leonardo Spencer e Rachel Paganotto, do blog Viajo Logo Existo, são exemplos de como é possível sair da mesmice e cair na estrada. "Viemos de uma geração, que nossos pais queriam que buscássemos estabilidade. Nós estamos indo contra isso, mas as novas gerações já são bem mais aberta a empreender novos projetos, arriscar mais.", afirmou Rachel.


Depois de conhecer um pouco sobre os nômades, acreditamos que vale a pena sair da rotina, e se aventurar pelo mundo. Por isso separamos algumas fotografias dos blogs: 360 meridianos e Viajo logo Existo, para estimula a  todos arrumar suas malas e conhecer lugares incríveis.

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Veja a reportagem completa no Jornal Esquina:


Por Priscila Viscardi e Patrícia Alvarenga 

Esportes radicais fazem sucesso no Cerrado

Os esportes radicais são assim chamados, devido ao elevado grau de risco ao quais os atletas são submetidos. O esforço físico e o controle emocional são imprescindíveis.  Alguns rotulam como insanidade, estupidez e, em alguns casos, até suicídio. Para os praticantes, a adrenalina trazida por esses esportes é a possibilidade de enfrentar os medos e ultrapassar os próprios limites.


São várias as opções para aqueles que amam, ou simplesmente têm vontade de se aventurar em esportes radicais. Skate, escalada e asa delta são modalidades praticadas no cerrado brasileiro. Nossa reportagem foi conferir de perto essas aventuras, veja neste vídeo. 





Asa delta  

No site da  Associação Brasileira de Voo Livre (ABVL) é possivel encontrar o calendário dos campeonatos que acontecem no país, além de rankings, notícias, fotos, vídeos e informações sobre o esporte em geral. 


Skate 

A entidade que representa o skate no Brasil é a Confederação Brasileira de Skate. No Distrito Federal, a Federação do Skate do Distrito Federal é a responsável por disponibilizar o calendário de campeonatos, rankings, fotos e informativos. 

Escalada

No site da Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada, há informações do calendário de competições, locais adequados para prática, além dos princípios e valores do esporte no Brasil.


Estudante Pedro Lim pronto para escalar em Cocalzinho - GO. O local é ideal para a pratica do esporte.
Confira aqui a matéria completa publicada no Jornal Esquina impresso.

http://issuu.com/blogdoesquina/docs/cerrado_com_adrenalina_-_daniel_gon


Por Daniel Gonzaga 

Portas fechadas para o ensino

Imagine o que significa passar infância, adolescência e juventude tendo negadas oportunidades de educação. Imagine não ter acesso ao local onde se cultivam amizades, se despertam curiosidades, se abrem horizontes para o conhecimento e se dá perspectiva de uma vida produtiva. Diferente dos jovens brasileiros, esta é a experiência vivida atualmente no Irã, pelos Bahá’ís, em pleno século XXI.

O Brasil, hoje com 57 mil Bahá’ís, segundo a própria comunidade, foi um dos países que acolheu cerca de uma centena de iranianos como refugiados, após a Revolução Islâmica de 1979. Muitos dos quais aqui se estabeleceram, construíram famílias. 
Com o intuito de conscientizar a população brasileira da atual situação de oposição contra os Bahá’ís no Irã, nossa equipe de Reportagem foi até a Comunidade Bahá’í do Brasil para saber mais sobre a perseguição, a injustiça e o sofrimento de uma comunidade constantemente repreendida apenas por ter uma Fé.
A Secretária Nacional Adjunta de Ações com a Sociedade e o Governo na Comunidade Bahá'í do Brasil, Mary Aune, explica o que acontece com jovens que têm o desejo de estudar. E a posição da comunidade brasileira para ajudá-los.
Encontramos também a ex-aluna do Instituto Bahá’í de Educação Superior, Hasti Hoshnam, que atualmente mora em Brasília. No vídeo ela conta a experiência de quando ainda morava no Irã e encontrou as portas fechadas para o estudo na Universidade Nacional do Governo Iraniano.



Educação Não é Crime:
Após 118 dias de confinamento no Irã, o cineasta Maziar Bahari resolveu, por meio da profissão, dar voz aos que não podem falar. Maziar lançou, em 2014, a campanha hoje conhecida mundialmente como “Educação Não é Crime”. No mesmo ano, ele produziu o documentário Educação Não É Crime (titulo original em inglês, “ToLight a Candle”).





Em setembro de 2015, foi lançada a campanha #PinteAMudança, organizada pelo cineasta (com o apoio da Comunidade Internacional Bahá’í). Muros de países como Estados Unidos, Inglaterra e Brasil estão sendo preenchidos em defesa dos estudantes Bahá’ís iranianos que são impedidos de estudar no país.  Abaixo são fotos de artes realizadas nas cidades de Londrina e Rio de Janeiro.

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Leia a matéria completa publicada na versão impressa do Jornal Esquina:

http://issuu.com/blogdoesquina/docs/educa____o_ir___-_nabil

Por Guilherme Cavalli e Nabil Sami

Pacientes sofrem pela falta de Ritalina no DF


Revolta é a palavra que resume o sentimento de mães que, desde o início do ano, não conseguem retirar a Ritalina (metilfnidato) no Adolescentro da quadra 603 Sul. A medicação é indicada para pacientes diagnosticados com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
  
Idas e vindas sem nenhuma previsão de quando o remédio irá chegar.  Mães vão ao local  com  receita em mãos e ouvem que a medicação esta em falta. A funcionária pública Talita da Costa tentou pegar a medicação no Adolescentro até o último dia. Por isso, acabou não percebendo a data do vencimento da receita quando foi comprar na farmácia convencional. 
                                                                    
Arte: Ronie Lobato
Entramos em contato com a Secretaria de Saúde e o Adolescentro e descobrimos que as informações se contradizem. No dia 31 de agosto , fomos informados pelo órgão que a medicação de 30 miligramas já havia chegado, e a de dez miligramas ainda estava em processo de compra. Porém, quando entramos em contato com o Adolescentro, nos contaram que o remédio de dez miligramas aguarda a liberação da Secretaria de Saúde. Não há previsão para a distribuição da Ritalina LA de 30 miligramas, de acordo com funcionários do posto.

Durante a produção da matéria, captamos imagens também para disciplina de Telejornal II. A imagem ficou estourada devido o sol estar muito forte no dia e o áudio da neurologista ficou ruim por ter sido feito com câmera amadora.

Confira o vídeo da matéria abaixo:




Confira também a matéria publicada na última edição do Jornal Esquina:

http://issuu.com/blogdoesquina/docs/adolescentro-sem-ritalina-desde-in_

Por Ediane Evaristo, Laís Rodrigues e Tayná Rodrigues

Conheça a situação de seis parques do Distrito Federal

O DF possui hoje 71 parques em todo território e somente 18 estão aptos para receber visitantes.  A nossa equipe escolheu seis entre os mais frequentados e problemáticos para visitar e conferir a situação.


PARQUE  BURLE MARX
A Consulta pública do Instituto Brasília Ambiental - IBRAM, sobre o Estudo Preliminar do Plano de Ocupação do Parque Burle Marx, ficou disponível  até o dia 25 de setembro.






A população de Brasília pode participar com sugestões ao projeto que dará, especialmente aos moradores da Asa Norte e do Setor Noroeste, a possibilidade de ver a grande área do parque finalmente entregue.

O Parque de Uso  Múltiplo Burle Marx,  antigo  Parque Ecológico Norte,  está situado dentro da Área de Expansão Urbana do Plano Piloto, entre a Asa Norte e o Bairro Noroeste. Foi criado em 1990 pelo  Decreto 12.249 e modificado pelos  decretos nº 28.685, de 15 de janeiro de 2008 e nº 30.023, de  04 de fevereiro de 2009.  Tem hoje a finalidade conservar áreas verdes, promover a recuperação de áreas degradadas, a revegetação com espécies nativas e exóticas, e ainda estimular o desenvolvimento da educação ambiental. No entanto, a situação hoje mostra que a vocação do parque está longe de ser alcançada.

Área do Parque Burle Marx

Área do Parque Burle Marx

Outro problema a ser solucionado é a necessidade desocupação do terreno onde hoje funciona o depósito de carros apreendidos do Detran, também instalado em área do parque. O assunto vem sendo conversado entre os órgãos, segundo o IBRAM. Consultado sobre o assunto o DETRAN não se pronunciou.

Além dessas ocupações que não têm relação com o parque, um incêndio devastou boa parte da mata nativa, em julho deste ano. A situação motivou descontentamento na população, que passou a cobrar das autoridades medidas para a execução das obras.

Inauguração de Trilhas

No mês de agosto de 2015 foram entregues aos moradores do Noroeste  trilhas na área do  Parque Burle Marx, feitas por empresas construtoras do bairro. A reportagem consultou o IBRAM sobre a autorização para a execução do serviço e não obteve resposta.  A solenidade de inauguração contou com a presença do Governador Rollemberg, que prometeu iluminar o local, conforme publicado no Portal do Governo de Brasília, no dia 15 de agosto. Consultada sobre a existência de parceria do GDF com as construtoras, a assessoria do governador não se pronunciou. http://www.df.gov.br/conteudo-agencia-brasilia/item/20315-parque-burle-marx-ganha-seis-trilhas-para-caminhada.html


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PARQUE  OLHOS D’ÁGUA
Correr no parque, praticar Yoga e respirar ar puro é possível para os frequentadores do Parque Olhos d’Água, na Asa Norte. No entanto  há um problema invisível no local. A infiltração da chuva avança e vem causando erosão, já que a água desce da via L2 e afeta o solo. A degradação na área  está assoreando o terreno que vai até a Lagoa dos Sapos, onde  já  existem sulcos, de acordo com a Coordenadora de Parques do IBRAM Marcela Versiani.

O problema foi detectado depois que uma área vizinha, na entrequadra comercial 213/214 norte, em um lote escriturado do governo, foi incorporada ao parque em 2012.

Decreto

Segundo o administrador do parque Edeon Vaz o local recebe diariamente 900 a 1.000 pessoas e, nos finais de semana, em torno de 1.400. “Entre as atividades que o parque oferece primeiramente está a parte lúdica. As pessoas vêm descansar aproveitar a natureza.  As atividades físicas são as trilhas de caminhada, porque o local tem um relevo diferenciado  e exige mais da pessoa numa caminhada, numa corrida”, relata.


Parceria
O professor de educação física Fernando Barreira participa há cinco anos de um projeto de prática de atividade física no parque para o público de 55 a 95 anos.  .  O programa é resultado de parceria com o IBRAM e a média de participação é de 60 pessoas.  As atividades são feitas três vezes por semana durante uma hora. Além das aulas, o grupo participa de viagens, passeios almoços e desfruta de boa convivência.

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PARQUE  LAGO DO CORTADO
O Parque Lago do Cortado foi inaugurado em agosto de 2002. Dez anos depois em 2012 a área se encontrava totalmente degradada. Então o governo começou a obra de revitalização, para poder receber os visitantes. Em dezembro de 2013 após um investimento de R$1,5 milhão,  o parque foi entregue a população com passarela ecológica, vestiários, banheiros e guarita de segurança, além da reforma da sede e da quadra poliesportiva.

Hoje, quase dois anos depois da reforma é possível ver a falta de conservação. Mesmo com um posto policial dentro do parque, a falta de segurança é a maior preocupação dos frequentadores. Em junho deste ano, o caso da adolescente Emilly Cristiny da Silva de 14 anos, ganhou repercussão na mídia. Ela foi encontrada morta próxima ao córrego com sinais de violência sexual. O acusado já foi preso e confessou o crime. Em nota a polícia diz que o patrulhamento é feito diariamente com motos e viaturas.



O lixo também incomoda os frequentadores do local. O personal trainer, Rychardson Nascimento reclama da sujeira do parque “Tem cachoeira, mas está tudo sujo e mal cuidado. Isso porque foi revitalizado a pouco tempo.” Em volta do parque há muito lixo jogado por quem mora perto. O Instituto Brasília Ambiental alega que há uma parceria com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), mas é muito mais importante que as pessoas tenham consciência.

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PARQUE  SABURO ONOYAMA
O Parque Ecológico Saburo Onoyama, conhecido popularmente como “vai quem quer” foi inaugurado em 1988. Após 26 anos, o local recebeu as obras de revitalização pois estava abandonado e era utilizado como ponto de drogas. O principal diferencial do Saburo é a piscina pública que fica aberta de quinta a domingo, das 9 h às 16 h. Nos finais de semana a área recebe mais de 3 mil visitantes.

Por ser um parque com atrativos diferentes, o Saburo Onoyama é um dos que mais recebe visita do Instituto Brasília Ambiental (IBRAM) . Ainda assim, é notável que os frequentadores não respeitam o espaço ambiental. O lixo em volta da mata está em grande quantidade. A cabelereira Silvana acredita que a fiscalização poderia aumentar “O ser humano só funciona se estiver em cima”.

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PARQUE TRÊS MENINAS
O Parque Três Meninas fica entre as quadras 609 e 611 de Samambaia. A área corresponde a 66,5374 hectares. Visualmente, o local é agradável, com muito verde e opções de lazer para todas as idades. Tem pista de skate, de cooper, parquinho para os pequenos e atividades de grupo para adultos, como aulas coletivas de yoga. Mas, nem tudo está perfeito: falta mais iluminação e mais segurança, segundo os frequentadores.

O horário de funcionamento do Três Meninas contempla apenas o período diurno. entre  7h e 18h. Os visitantes reclamam que fica escuro antes de anoitecer. Há postes de luz em poucos pontos; a pista de cooper, por exemplo, não é iluminada. Apesar da reclamação, o Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), responsável pelo Parque, alega que a falta de iluminação não é um problema, pois o parque fica fechado durante a noite.

Outro problema citado pelos frequentadores é a insegurança. Falta policiais no local. Procuramos o IBRAM para saber se há algum projeto em vista para melhorar a segurança. O Instituto afirmou que trabalha junto às Secretarias do Meio Ambiente e Segurança para viabilizar a contratação de vigilantes terceirizados. Também procuramos a Polícia Militar que, em nota, afirmou fazer patrulhamento periódico no local. Ainda segundo a PM, nos finais de semana e feriados, há policiamento fixo. Nossa equipe de reportagem, contudo, visitou o o Três Meninas duas vezes em domingos diferentes e não viu policiamento.


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PARQUE  ÁGUAS CLARAS
O Parque Ecológico de Águas Claras fica na Avenida Castanheiras, ao lado do centro da cidade. O terreno corresponde a 95,4876 hectares, o que dá mais ou menos noventa campos de futebol. As características do parque contrastam com as da cidade: enquanto Águas Claras é um mar de prédios residenciais e asfalto, a reserva ecológica é um oásis de cerrado, com vegetação nativa preservada e mantida com o mínimo de impacto ambiental possível. De semelhante com a área urbana, só a localização geográfica e o nome. Os moradores da região administrativa número dez aproveitam esse contraste do Parque Águas Claras para quebrar a rotina do caos urbano. Levam a família ou vão sozinhos mesmo para caminhar, correr, pedalar e andar de skate.

Porém, os frequentadores têm que tomar cuidado com o ‘’trânsito’’ nas pistas. Durantes os finais de semana, o local recebe a visita de mais ou menos quatro mil pessoas, em média, de acordo com a administração. Apesar de não haver registro de acidentes graves, o alto número de frequentadores aumenta os perigos. Andar de bicicleta ou correr no pode ser arriscado, pois as pistas são todas compartilhadas entre os atletas da corrida e os ciclistas. Dentro do Parque existem quatro circuitos para quem quer dar uma volta, mas não há pista exclusiva para nenhuma modalidade. Para evitar este tipo de situação, antes de algumas curvas mais acentuadas, foram colocadas placas alertando o perigo no local.

O Instituto Brasília Ambiental (IBRAM) é o órgão responsável pelo Parque Ecológico Águas Claras. A assessoria de imprensa informou que, há um projeto para a construção de uma ciclovia. Entretanto, não há previsão de quando a obra vai começar e nem quanto vai custar.


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Clique em cima do parque para saber as informações


Leia a matéria completa publicada na versão impressa do Jornal Esquina:

http://issuu.com/blogdoesquina/docs/minoria_dos_parques_no_df_tem_estru


Por Eduardo Campos, Helena Azeredo, Júlia Campos e Matheus Nery